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14 de out. de 2015

Vida após a morte?



Meu nome? Thaynara. Aposto que todos acham comum. Então, acrescento, Thaynara Melo. Ainda assim continua comum. E agora, para se tornar único no sentido de apenas uma ou duas, ou três pessoas no mundo serem chamadas assim, Thaynara Melo Moussa. Os nomes são apenas palavras que podem ou não ser vazias. Ser ou não ser vai depender da pessoa que carrega o nome. O meu, por exemplo, infelizmente ainda é vazio, já que não remete à uma pessoa importante que fez/faz algo que se eternizou na vida das pessoas. Agora, troquemos o Thaynara Melo Moussa por John Lennon. Sentiu algo diferente? Isso te fez lembrar grandes feitos? É claro que sim.

Hoje eu descobri algo que as pessoas talvez levam uma vida inteira para aprenderem: não importa quem sejamos, se nossos feitos são bons ou ruins, precisamos ser eternizados. Eu descobri que eu tenho que ser alguém que, mesmo depois de enterrada a vários palmos da terra, permanecerá de alguma forma viva. E no fundo eu sei que de uma  forma ou de outra continuaremos vivos, mas na forma de nutrientes e matéria orgânica e inorgânica que serão aproveitados por plantas e animais. Mas decidi que quero bem mais que isso. Quero, também, ser eternizada na mente [e no coração] das pessoas.

E não importa o que eu faça. Não importa se acrescentarei positividade ao mundo nem que farei totalmente o oposto disso. Eu só quero ser eternizada. Não é uma exigência tão grande assim, é? Quando eu morrer, não quero aquela coisa cliché de apenas família e pseudo-amigos fazendo atuação no velório. Eu quero atingir o máximo de pessoas possível, como o furacão Katrina, ou a bomba atômica little boy lançada em Hiroshima. É isso. Nossos feitos são como monumentos (retirado do livro Extraordinário, R. J. Palacio). Os meus feitos, bons ou ruins, me eternizarão, me farão ser lembrada. Mas, em vez de pedras, serão construídos de memórias.

O Gabriel Alves, um amigo meu que também escreve para esse blog, escreveu um texto intitulado Marca, que descreve exatamente o que eu sinto agora. Se eu seguir o ciclo, fazer tudo o que as pessoas acham que devem fazer, posso não conhecer a vitória nem a derrota, como disse Theodore Roosevelt em uma de suas célebres frases: "É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota." Ficarei no limbo, no meio disso tudo. Minha vidinha será, no mínimo, previsível. Sair do ensino médio, entrar numa universidade, terminar, fazer uma pós, arrumar um empreguinho. Mas, se eu decidir me arriscar, as possibilidades serão muitas. 

Eu quero ser um Charles Manson, um Beethoven, um Mozart, um Hank Williams, um Nelson Mandela, uma Skeeter Davis, um Stephen Hawking, um Steven Spielberg. Quero ser um Michelangelo, um Leonardo da Vinci, um Pedrinho Matador, uma Jane Austen, uma Sylvia Plath, um Osama Bin Laden, um Sirhan Sirhan, uma Malala Yousafzai. Mas, se eu conseguir ser eu mesma e ao mesmo tempo ser eternizada, então, meus caros, posso dizer que descobri o sentido da vida.
 Eu quero viver depois da morte. 


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